Em Rio Preto, grupo reflexivo para homens agressores lança campanha na quarentena

#HomensPossíveis fala sobre igualdade de gênero, diálogo e paz.
 
Há pouco mais de um ano, o Anexo de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de São José do Rio Preto incorporou parte da Justiça Restaurativa para atender vítimas e conscientizar agressores envolvidos em casos de violência doméstica. Entre os trabalhos realizados pelo Anexo está a atuação do MAN (Masculinidade Alterando a Natureza), grupo formado por psicólogos voluntários, que promove encontros reflexivos com homens envolvidos em situação de violência doméstica e de gênero. O objetivo é reeducar os participantes, com uma abordagem sobre a masculinidade no século XXI. Com a suspensão dos grupos presenciais devido à pandemia, o MAN lançou, no último dia 21, a campanha #HomensPossíveis - Para o Século 21, que reúne falas de 21 homens convidados – nenhum deles atendido pelo MAN – sobre o respeito à mulher, relações de gênero, a necessidade do diálogo, a escuta e a compreensão conjugal.
A iniciativa foi divulgada na página do Facebook do MAN e no Instagram do projeto (@projetoman.sjrp). A cada dia é liberada uma reflexão sobre o tema com uma pessoa diferente. O consultor de treinamentos Higor abriu a campanha. “Em minha casa, o que existe é o amor ao próximo e levo isso para qualquer lugar que vou”. Hoje, o servidor público Cesar falou sobre empatia: “Falo sobre o que sinto, ouço o que você diz sentir. E assim vivemos, nos respeitando”, diz. Nos próximos dias, outros personagens darão voz às discussões.
 
Sobre o projeto
“O MAN está um sucesso. Os homens realmente mostram uma mudança de pensamento. O grupo tem um trabalho muito bacana, com resultados surpreendentes, e os participantes estão engajados até mesmo em serem multiplicadores do projeto. Os mesmos homens que são atendidos estão se disponibilizando para replicar em sua comunidade o que foi trabalhado”, conta a coordenadora do Anexo de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Rio Preto, juíza Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira. Durante os encontros – de 8 a 12 por grupo – os homens fazem círculos reflexivos acompanhados por dois psicólogos voluntários. “Todos chegam com uma carga de agressividade muito grande, sentindo-se vítimas de uma armação e, nas reflexões, começam a perceber que aquele comportamento que ele entende como natural é um comportamento agressivo”, completa a magistrada. 
São encaminhados ao MAN homens com medida protetiva em seu desfavor e aqueles condenados em casos de violência doméstica - seja por condição da liberdade provisória ou por sentença condenatória. Homens com muitos antecedentes criminais, condenações por crimes violentos ou por tráfico de drogas não são atendidos.
 
Comunicação Social TJSP – AA (texto) / Divulgação (fotos da campanha)
imprensatj@tjsp.jus.br

 

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