Coordenadoria da Infância e da Juventude e Comarca de Bauru apresentam projeto “Leitura Amiga”

Voluntários leem histórias para crianças acolhidas.

 

    A Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (CIJ) promoveu, na sexta-feira (18), o evento online “Conhecendo o projeto Leitura Amiga”. O webinar foi ministrado pela juíza Marina Freire, idealizadora do projeto e juíza da Comarca de Bauru. 182 pessoas participaram do evento, aberto para público interno e em geral.

    O coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, abriu o evento e apresentou a palestrante.  “Trata-se de um projeto extremamente interessante de leitura de livros de histórias para crianças acolhidas. Com isso, elas podem receber acolhimento de outras pessoas, além das que já atuam nas instituições, e aguçam a cultura e criatividade por meio da leitura de histórias e poesias”, considerou o magistrado.

    A magistrada contou que a iniciativa funciona por meio de lives. “Comecei a desenvolver esse projeto logo no início da pandemia. Ele nasceu da ideia do progresso, da evolução e das conquistas por meio do estudo. Eu tinha o sonho de um trabalho voluntário e já praticava a leitura para meus filhos”, apontou.

    Segundo ela, os benefícios da leitura para os acolhidos vão muito além do conhecimento e da cultura. “Para as crianças que estão nos abrigos, isoladas, o simples ato de ler para eles é sinônimo de afeto, de carinho, de amor. Fazemos a leitura à noite, pois é um momento em que a criança está mais aberta a essa atenção. Para eles, o que conta não é só o livro ou a história, mas a emoção”, complementou. Para apoiar o projeto, Marina Freire destaca que além do tempo, qualquer pessoa pode doar livros ou se voluntariar para ser leitor de histórias, mediador ou apoiador. Atualmente, o projeto conta com 150 voluntários.

    Parceiros e voluntários do projeto foram convidados a comentarem sua experiência. Para o psicopedagogo Douglas dos Santos Pereira, que conheceu e aderiu à iniciativa no Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) São Bento, “a proposta veio como uma luz na instituição”. “Hoje já estou em outra unidade do Saica e estamos desenvolvendo neste local também. Incentivo a todos a participarem, pois a leitura é transformadora para a vida dessas crianças”, afirmou. Outra voluntária, Letícia Calvosa, atriz e contadora de histórias, atua no projeto como mediadora desde outubro do ano passado. Ela destacou a importância dessa representatividade no projeto. “Quando falamos de crianças abrigadas, estamos falando majoritariamente de crianças negras. O projeto traz estas crianças como protagonistas e quando as crianças se veem ali, elas entendem que é este o lugar delas e para elas.” 

A juíza Gislaine de Brito Faleiros Vendramini, da comarca de São Jose do Rio Preto, também deu seu depoimento como voluntária do Leitura Amiga. “Eu soube do projeto por um grupo de juízes que ela divulgou e entrei em contato e se tronou uma imensa satisfação poder fazer dele. Com certeza, eu muito mais recebo do que entrego. O que precisamos no momento é somente de mais abrigos participando do programa”, celebrou a magistrada. Participaram ainda da palestra apresentando suas experiências os mediadores e leitores voluntários: as advogadas Letícia Pontes Pacheco de Castro e Samyra Cury Pereira; a oficial de registro Carolina Mokarzel; o professor e contador de histórias Kadu Santoro; a professora Gardênia Almeida; a bióloga Carla Teixeira: e a escrevente técnico judiciário Anna Caroline Truzzi.

    Comunicação Social TJSP – TM (texto) / PS (reprodução e arte)

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