COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DO PODER JUDICIÁRIO (COMESP)

Assuntos de Interesse

Comunicado

COMARCAS DO INTERIOR PARTICIPAM DA CAMPANHA ‘SEMANA PELA PAZ EM CASA’

Diversas comarcas do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveram atividades e realizaram julgamentos de casos de feminicídio durante a “Semana pela Paz em Casa”, ocorrida entre 24/11 e 1/12. Parte da campanha “Justiça pela Paz em Casa”, o objetivo da semana foi demonstrar o comprometimento do Poder Judiciário com o combate à violência contra a mulher, bem como promover a cultura da não violência. Dentre as comarcas participantes estiveram Ribeirão Preto e Sorocaba:



Ribeirão Preto

Diversas atividades marcaram a Semana Justiça pela Paz em Casa na comarca. No dia 24, a juíza Carolina Moreira Gama, responsável pelo Anexo de Violência Doméstica e Familiar de Ribeirão Preto, participou do evento “Constelação Sistêmica Organizacional”, ao lado dos funcionários do setor. Conduzido pelo coach Gutemberg Fernandes, o seminário aconteceu no Lar Anália Franco durante todo o dia. A Constelação Familiar busca a transformação na vida das pessoas através da resolução de conflitos.

No dia 26 a magistrada ministrou palestra para alunos e professores da Universidade de Ribeirão Preto (Unaperp). Também participaram do evento o dentista João Otávio Melo, que atende vítimas de violência doméstica gratuitamente e presidiu a mesa de discussões, a psicóloga forense Fernanda Pizeta e o chefe de treinamento da Guarda Municipal, Márcio de Paula Nogueira.

No dia seguinte o terapeuta Victor Tapias comandou a oficina “Mindfulness e Comunicação Não Violenta”, dirigida a 15 homens que cumprem pena por atos de violência doméstica, com o objetivo de fazê-los refletir sobre o tema e discutir suas atitudes, a fim de evitar a reincidência. A juíza Carolina Moreira Gama também participou da oficina.

Por fim, no dia 28 um grupo formado por assistentes sociais, psicólogas e pessoas vinculadas à ONG Programa Mãos Estendidas, que acolhe mulheres que sofrem violência doméstica, acompanhou o julgamento de um caso de feminicídio, no plenário do Júri de Ribeirão Preto. Durante toda a tarde, as participantes puderam ver como é o desenrolar de um Tribunal do Júri. O resultado foi a condenação do acusado a 30 anos de prisão.

Sorocaba

No dia 29, a comarca recebeu palestra direcionada a vítimas de violência doméstica. A abertura do evento ficou a cargo do juiz da Vara do Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Hugo Leandro Maranzano, que ressaltou a importância da medida protetiva de urgência que possibilita o afastamento do agressor, de maneira emergencial, do convívio com a vítima e a importância da formação de uma rede de apoio, composta pela Justiça, Polícia Militar e entidades públicas, que vise dar suporte para que a vítima consiga se reestabelecer do trauma vivido e também resgatar sua independência.

Já o promotor de Justiça da Vara da Violência Doméstica local, José Augusto de Barros Faro, falou sobre a obrigação de se “quebrar o ciclo da violência doméstica”, e da necessidade da busca pela vítima das entidades de apoio. O Comandante da Guarda Civil Municipal de Sorocaba, Marcos Mariano, discorreu sobre o aplicativo denominado “Botão do Pânico”, em funcionamento na cidade de Sorocaba. O aplicativo pode ser acionado pela vítima de violência doméstica cadastrada no programa de proteção, por meio de seu próprio telefone celular. O sistema possibilita o rastreio da posição em que a mulher se encontra e consegue, assim, deslocar a viatura que está mais próxima ao local da ocorrência, chegando entre cinco e sete minutos.

O evento também contou com o depoimento de duas mulheres, vítimas de crimes de violência doméstica, que relataram o drama que vivenciaram, as dificuldades enfrentadas e como estão conseguindo superar esse período sombrio de suas vidas. Elas destacaram a importância de denunciar às autoridades esse tipo de violência, bem como o apoio que tiveram do Judiciário, da PM e das entidades que integram a rede de apoio às vítimas.

Ao final, representantes das entidades Coordenadoria da Mulher, Centro de Referência à Mulher (Cerem), CIM-Mulher - Casa Abrigo e CERAV detalharam a função de cada entidade na rede de atendimento à mulher.

Comunicação Social TJSP – RP (texto)

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