COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DO PODER JUDICIÁRIO (COMESP)

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Comunicado

Anexo vai auxiliar mulheres vítimas de violência doméstica no fórum de Rio Preto

Novo serviço vai funcionar no quarto andar do Fórum. Expectativa é que anexo comece a funcionar na semana que vem.
Por Monize Poiani, TV TEM
23/03/2019 17h00 Atualizado há um dia

O Anexo de Violência Doméstica e Familiar, uma estrutura que agiliza procedimentos e processos envolvendo todos os tipos de violência contra as mulheres, foi inaugurado nesta sexta-feira (22), no fórum de São José do Rio Preto (SP). O município é o sétimo do Estado a receber o complexo do Tribunal de Justiça de São Paulo.

“Teremos melhoria na recepção das mulheres vítimas de violência. Elas chegarão ao Anexo e encontrarão servidores preparados para orientá-la. Depois, juízes e membros do Ministério Público que vão dar a ela um tratamento com alta especialização”, diz Manoel de Queiroz Calças, Tribunal de Justiça de São Paulo.

O novo serviço vai funcionar no quarto andar do Fórum central de Rio Preto. No local, os processos vão receber uma atenção especial e as vítimas de violência terão acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais. A expectativa é que o anexo comece a funcionar na semana que vem.

A princípio, cinco escreventes e juízes vão realizar o atendimento no anexo. A juíza Luciana Cassiano Cochito é a responsável pela coordenação dos serviços.

"Nós vamos centralizar e ter uma equipe multidisciplinar que não temos hoje. A prefeitura de Rio Preto está cedendo profissionais para integrarmos com a rede já existente. Vamos receber as mulheres e dar um tratamento mais humanizado", afirma a juíza.

A construção da nova sala é uma parceria entre a prefeitura e o Tribunal de Justiça do Estado. O prefeito Edinho Araújo prefeito, de Rio Preto, destacou a necessidade de um serviço como este no município.

"Nesse instante de muita intolerância, é preciso mais do que nunca que um anexo como este seja um instrumento de agilidade para fazer valer a Lei Maria da Penha e todos os crimes que são cometidos em casa contra a mulher", diz.

Caso que chocou

Em 2018, 11 mulheres foram vítimas de feminicídio em Rio Preto. Neste ano, um dos casos que mais chamou a atenção envolveu uma enfermeira. Juliana Landin Simão, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que morava.

Segundo a Polícia Militar, a vítima foi estrangulada até a morte. O suspeito do crime é o ex-marido da enfermeira, que não aceitava o fim do relacionamento. Cícero Gomes Lima foi preso no dia 18 de janeiro, em Pernambuco (PE), com o carro do casal.

Expectativa

A expectativa é de que com esse novo serviço, os casos de violência diminuam e que as mulheres fiquem mais encorajadas para denunciar agressores. Para isso, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deve ajudar dando assistência às vítimas.

"Isso encoraja as vítimas desse tipo de violência a não se esquecerem que podem contar conosco. Estamos chamando as mulheres para virem aqui", afirma Manoel de Queiroz Calças.


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