COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DO PODER JUDICIÁRIO (COMESP)

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Comunicado

COMESP INAUGURA CINEDEBATE COM APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTÁRIO SOBRE IGUALDADE DE GÊNERO

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp) realizou, na última sexta-feira (18), o 1º CineDebate, com apresentação do documentário “Precisamos falar com os homens – Uma jornada pela igualdade de gênero”.
O filme, produzido pela ONU Mulheres no âmbito do movimento #ElesPorElas (HeForShe), expõe, de forma delicada e didática, os estereótipos masculinos que estimulam a desigualdade de gênero. A coordenadora da Comesp, desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida destacou que o CineDebate é uma das iniciativas do TJSP em homenagem ao dez anos da Lei Maria da Penha, que inclui também a Campanha “Rompa o Silêncio, você não está sozinha! #SomostodosMariadaPenha”.
Após a exibição, foi realizado debate com a participação da promotora legal popular, coordenadora do Projeto das Pretas da Uneafro, Rosângela Cristina Martins; da advogada e cofundadora do Coletivo Feminista Dandara da Faculdade de Direito da USP, Marina Ganzarolli; e do diretor de Planejamento Participativo da Prefeitura de Santo André e coordenador do Programa E Agora José?, Flávio Urra.
Marina Ganzarolli observou que se os homens fazem parte do problema, também devem integrar a solução. “A cultura machista prejudica a todos, os próprios homens sofrem a opressão de terem que se encaixar no estereótipo de machão e as mulheres sofrem todo tipo de violência, psicológica, física, e inclusive feminicídio.” Diariamente 13 mulheres são vítimas de homicídio no Brasil, de acordo com Mapa da Violência contra a Mulher, de 2015.
Rosângela Martins destacou o trabalho preventivo realizado pela Uniafro com os adolescentes negros que se preparam para a universidade, questionando constantemente os meninos se não estão reproduzindo um comportamento machista e alertando as meninas para prestar atenção aos sinais de um relacionamento abusivo. “Nós coexistimos homens e mulheres, e precisamos cuidar dos meninos também. Os meninos negros, em particular, são ao mesmo tempo atores e alvos da violência”, completa.
O documentário “Precisamos falar com os homens” mostra resultados de pesquisas realizadas no Brasil. Ainda que os grupos de estudos sejam divididos entre “mais machistas” e “menos machistas”, as condutas e os envolvimentos em casos de violência de gênero ainda têm proporções muito similares.
A boa notícia é que os grupos reflexivos de homens dão resultados. “Os homens saem da posição machista que não conseguiam enxergar, do perfil construído pela sociedade”, conta Flávio Urra.
A conclusão do debate – que contou com a participação das juízas da Comesp Teresa Cristina Cabral Santana Rodrigues dos Santos e Elaine Cristina Monteiro Cavalcante e demais representantes do grupo Compromisso e Atitude, incluindo as Secretarias de Políticas para as Mulheres dos municípios de São Paulo e Barueri – foi que a sociedade precisa reaprender o que é e o que não é amor e que respeito não pode ter gênero.
O documentário “Precisamos falar com os homens – Uma jornada pela igualdade de gênero” será exibido diariamente, na próxima semana (de 21 a 25/11), às 15 horas, durante a Semana Nacional de Conciliação, no Parque da Água Branca.
A segunda edição do CineDebate será realizada na sexta-feira, 2/12, às 10 horas, no TJSP, com apresentação do filme “Quem matou Eloá” e debate com participação da documentarista do premiado curta-metragem, Lívia Perez; da antropóloga Beatriz Accioly Lins; e da diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão-Mídia e Direitos, Jacira Vieira de Melo.
Comunicação Social TJSP – CD (texto)
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